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Cabaret Mineiro, 1979

      Durante a viagem de trem o aventureiro se apaixona por Salinas, que desaparece na estação de destino. À procura da passageira magnífica ele imagina que um fazendeiro rico mantenha a moça sob domínio. Continua a girar em torno do pôquer, bordéis e amantes, entre elas, a dançarina espanhola, a adolescente sedutora, diversas beldades. Crava o olhar em todas as mulheres, mas nenhuma é Salinas.

 

Produção - Sertaneja de Cinema (ex-Cinematográfica Montesclarense), Colorido, 68’, 1:66.

 

Prêmios - Festival de Gramado 1981 – Melhor filme, diretor, ator principal, atriz coadjuvante, fotografia, música e montagem / Festival de Brasília 1980 – Melhor fotografia e música.

 

Mostras e festivais internacionais - Montreal 1981, Taormina 1981, Biarritz 1981, Prêmio L’Age d’Or 1981, Los Angeles 1982, Munique 1992 e Copenhagen 1994.

 

Elenco - Nelson Dantas (Paixão), Tamara Taxman (Salinas), Tânia Alves (Avana), Helber Rangel (Thomas Caps), Louise Cardoso (Loura da piscina), Dora Pellegrino (Evangelina), Luiza Clotilde (Morena da zona), Eliene Narducci (Maruja), Carlos Wilson-Maria Silvia-Zaira Zambelli (Família Sorôco), Thelma Reston-Nildo Parente-Paschoal Villaboim (Jogadores de pôquer), Sonia Santos-Nena Ainhoren-Célia Maracajá (Dançarinas do táxi-aéreo), Tavinho Moura (Cantor da zona e da piscina), Sílvia Beraldo (Cantora da zona). Participação especial de Antônio Rodrigues (Cantor sertanejo), Grupo Corpo de Belo Horizonte, Marujada de Montes Claros e Enroladores de Porteirinha.

 

Equipe - Produtores executivos – Carlos Brajsblat, Idê Lacreta e Paulo Henrique Souto, Diretor de produção – Nilson Barbosa, Assistentes de produção – Murilo Antunes, Luiza Clotilde, Tadeu Rodrigues, Virgínia de Paula, Beto Ruas e Ipojucan Ludwig, Produção final – Sônia Branco, Produtores associados – Zoom e Corisco Filmes, Fotografia e câmera – Murilo Salles, Assistente de fotografia – François Manceaux, Fotos de cena – Inês de Teves, Continuidade – Rita Maciel, Cenografia e figurino – Carlos Wilson, Assistentes de cenografia - Marcelo Martins e Claudio Baltar, Som direto – Walter Goulart, Assistente de som – Flávio Pantera, Montagem – Idê Lacreta, Música original e adaptações – Tavinho Moura, Consultor – Hermes de Paula, Coreografia – Rodrigo Pederneiras, Maquinista – Waldir Monteiro, Eletricistas – Carlos Peixoto e Adriano Ferreira, Efeitos especiais – Pedro Louzada, Mixagem – Aloísio Viana, Estúdio – Hélio Barroso, Laboratório – Líder.

 

Roteiro e direção - Carlos Alberto Prates Correia. 

Tania Alves

Nelson Dantas e Eliane Narducci

Uma atitude lúdica

 

   No Cabaret você sente que tudo se realiza, explode, ele tem um projeto visual, um projeto rítmico muito próprio, que podia a qualquer momento cair, se desarticular. Mas não, ele vai, se renova a cada instante, a cada instante você tem elementos que vão enriquecer o plano e que você não esperava. Uma originalidade de enquadramento, é belíssimo, é belíssimo...

 

Jean-Claude Bernardet

 

Clique aqui para ver o texto na íntegra.

Textos e artigos:

Coerência da construção fílmica

 

   Cabaret Mineiro mantém perfeito entrosamento entre suas partes. O roteiro, a trilha sonora e sobretudo a montagem do filme, asseguram- lhe a possibilidade de percorrer caminho tão complexo e tão controverso com muita leveza. Sua construção serve às ideias do diretor. Onde não há compromisso com alternativas reais, uma forma descompromissada de proceder a exposição das ideias. Onde não há certezas absolutas, uma exposição desprovida de causa e consequência.

   Mas se engana quem pensa que tal forma leva ao reino do escracho ou do pitoresco. Cabaret consegue equilibrar-se entre as vertentes históricas do cinema a que recorreu e a obra de mestres como Drummond e Guimarães Rosa. Melhor, consegue combinar todo esse reino ilustrado com o popularesco, o bestialógico e a mais legítima cultura popular.
   O filme é de um lado circunspecto e compenetrado. E de outro, corrosivo e irreverente.

 

Manoel Rangel

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